quarta-feira, novembro 11

[A. Matos Ferreira. Metamorfose II]


Fortuna Desmedida

Plácidos sorrisos a dois
Almas juntas e enlaçadas no sentir
É a arte do que sóis
Almas puras do devir
Imaculadas suas mãos que se tocam
Em tom sério confidências segredadas
No prazer do lido se retratam
No meio do maldito, vozes distorcidas são ouvidas
Largos passos percorreram na busca da afirmação
Porém, alguém devasta-lhe o coração
Sozinha na luz das trevas
Nada faz, mergulha em sua cripta
Satisfaz-se na alegria da mortandade
Ofuscando sua alma maldita
Quer fugir, quer sair e não sair
Quer afogar-se num oceano de maldade
E nele ofender a sua desdita

Nasceu vã, vã morrerá
Envolta num jardim jazerá
Lá onde a glória é sã.

jf.

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