quarta-feira, julho 4

Gente muda

[imagem do google]




Gente muda,
Olhares trémulos e extasiados
Mãos quentes e agitadas na tortura do sentir
Batidas leves e descompensadas da euforia
Corpos em parte incerta
Onde fervilha o desejo dos sentidos
Essências no ar que os faz vibrar
Subitamente, desponta a loucura
Corpos que se dissipam num enredo cinestésico
Tocam a virtude do arrebatamento
Faíscas desenham-se por entre gemidos
Arfam versificações de poeta
Gesticulam no âmago do prazer
Do prazer vem o clímax e do clímax, repouso
Cruzam-se na multidão sem dar sentido ao vivido
Fitam-se num duelo fingido
Com vontade de um abraço perecido.

jf.

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