quinta-feira, outubro 8

Manifesto à Loucura

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Silêncio
Colapso

Meu sangue borbulha num tempo suspenso
Sinto-o arrastar-se
Fere-me
Rasga-me a pele
Em pedaços de carne de uma crosta pesada
E arrasta-se, dilacerando-me os olhos
Veias suspensas
Entre um pálido azul e um quente vermelho
Fervilha-me o sangue num grito de guerra
E bocas se abrem em meus olhos ausentes
Perdi-os na noite em que recusei ver o mundo
Um mundo de ódio e paz consentida
Um mundo de brechas saídas do nada
Meus olhos, agora, são voz

Voz, gritos, palavras

Palavras de dor
Palavras de susto
AH! MEU MUNDO É NADA
NADA É MEU MUNDO
As veias azuis de um quente vermelho
Ganham tons pardacentos
Em auxílios sedentos.

jf.

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