domingo, outubro 18

A Dança da Vida

[Salvador Dalí. Rock and Roll]



Entusiasmo a garrafa de licor
Numa valsa de sabor

Sinto a loucura

Pés que dançam, rodopiam enjoados
A bebida vai andando pelo corpo
Numa overdose de matéria
Agitação, entorpecimento que não me traz a cura
Olho-te, nada vejo além de seres alados
Que desfrutam em longa rebeldia
Bebidas, licores, pés descalços e cansados
A dança é doentia.

Estáticos movimentos tornam-se frenéticos
São ambos desnudados em combates nada éticos.

Desprende-se a cólera,
A fétida cólera.

jf.
[Tropelias em roda viva. Movimentos contrários que nos fazem olhar em frente. A vida, não é mais do que uma rede de matéria viscosa e deformada]

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